sábado, 7 de janeiro de 2012

A Musa de um Poeta


Tantas e tantas vezes procurei a razão destes meus delírios;
Deste inevitável encanto eterno,
Que teima em me aprisionar.

Das deusas de formas sedutoras,
Não encontrei em ti nenhuma comparação;
Nem mesmo no teu leve sorriso, ou neste inconfundível jeito de andar.

Dos traços do teu rosto,
Mesmo perfeitos,
Eram perfeitos, como muitos,
Por tantos outros desejados.

Tanta magia, talvez estivesse no falar,
Mas dizias as mesmas palavras,
Que tantas outras,
A tantos outros fizeram sonhar.

Fui além,
Busquei o inexplicável nos caminhos do teu espírito,
Mas de lá eu retornei com as mãos quase vazias;
Com nada, que já não fosse conhecido.

Ainda assim,
Nestes meus delírios és verdadeiramente única;
Permaneces, entre todas, a mais completa;
És simplesmente, e irremediavelmente para sempre a Musa de um Poeta.

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