sábado, 31 de janeiro de 2009

Atendimento ao Consumidor

A Partir de 31 de Julho de 2008 entrou em vigor o decreto lei nº 6.523 que regulamenta os direitos básicos do consumidor de obter informação adequada e clara sobre os serviços que contratar e de manter-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais impostas no fornecimento desses serviços.

Apesar da lei em vigor, a qualidade pouco mudou. A lei prevê que o cliente/usuário deve falar com um atendente do Sac no prazo máximo de um minuto; o que parece estar sendo ignorado.

São casos como os da telefonia fixa e móvel, que alegam estar fazendo esforços pra se adequarem à lei e melhoria dos serviços.

A lei está em vigor, e teve prazo para adequação. Tudo que estiver em desacordo com ela, a infringe.

O consumidor tem então a opção de reclamar junto a Anatel, que teoricamente tem como função fiscalizar as empresas de telefonia fixa e móvel. Contudo, parece inócuo os seus serviços. Registra-se um protocolo, e pode-se reabrir indefinidamente, sem que chegue ao conhecimento do usuário nenhuma medida punitiva.

Assim, a Anatel presta-se ao papel de "menino de recados" das partes reclamadas; apenas repassando aos reclamantes as justificativas descabidas das empresas envolvidas.


Em tempos de crise, a Anatel é um desperdício aos cofres públicos. Foi criada como o objetivo de fiscalizar e fazer cumprir a lei. Não faz nem uma coisa, nem outra, e acabamos sendo vítimas duplamente.

domingo, 25 de janeiro de 2009

“As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. Será?



Esta conhecida frase de Vinicius de Moraes representa parte da verdade, especialmente no mundo ocidental. Estamos condicionados a enxergar valores físicos. Mulheres de cinturas finas, seios avantajados e “bumbum” arrebitado. Ao menos, é o que prevalece num primeiro momento.


Num baile da balada da noite, a princípio, ninguém vai procurar pra conversar a gordinha de óculos de fundo de garrafa, que se sentou lá no cantinho pra descobrir a beleza do seu interior. A atração física é determinante na hora da escolha do seu par. Até mesmo no competitivo mercado de trabalho, a aparência, em alguns casos, decide quem vai garantir o seu emprego.

Tudo isso parece nos levar a generalizar a afirmação de Vinicius de Moraes sobre a importância do que está ao alcance dos olhos. Contudo, alguns aspectos parecem apontar para outros caminhos.
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Algumas vezes, mesmo num primeiro momento, nos sentimos atraídos por pessoas que nem de longe correspondem ao padrão de beleza existente. Nos perguntamos então: o que vimos naquela pessoa?

Inegavelmente, existem outros fatores, além da beleza, que nos atraem. Alguns citam interesses em comum, espírito, química, e o amor. Existe também o “cheiro”, gosto, sabor próprio que cada pessoa tem; único, que não se confunde com nenhum outro. Pode ser o jeito de sorrir, de falar, ou qualquer outro detalhe, que nem sempre conseguimos explicar.

Na verdade o que leva as pessoas a se sentirem atraídas por outras, transcende a beleza física, que existe, mas é temporária. Quando só, tem prazo de validade. Impera por uns dias, meses e pode durar anos, mas no final; o que fica mesmo e prevalece são outros valores e virtudes mais duradouros.
Quando isso acontece, aquele narizinho achatado, ou o sinal no canto do queixo, parecem revestidos de beleza e adquirem um charme especial.

Termino citando novamente Vinícius de Moraes: “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. Contudo, acrescento: "Que seja eterna enquanto dure"...

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sem "brasa" e sem "sardinha"


Quando alguém se propõe a tratar de religião, é bom que esteja preparado, pois certamente, irá desagradar a muitos.

Guerras centenárias ainda são travadas por motivos religiosos; caso dos conflitos atuais no Oriente Médio.



Quando trato do assunto, não é minha preocupação agradar, ou desagradar quem quer que seja. De “puxar brasa pra sardinha”. O que pressupõe se ter uma sardinha; coisa que confesso não ter. Apenas colocar meu ponto de vista sobre tais assuntos, sempre respeitando os alheios. Mesmo porque, a liberdade religiosa e de expressão são direitos assegurados na nossa constituição.

Nos dias de hoje, causa espanto o número exagerado de religiões, que encontramos a cada esquina. Sendo o Evangelho apenas um; qual o motivo de tantas denominações?

Evangelizar deveria ser pregar a doutrina Bíblica. Mas na verdade, não é isso que acontece. E quando acontece, privilegia-se alguns aspectos em detrimento de outros, como tentativa de justificar pontos de vista. Faz-se uma leitura seletiva do texto Bíblico, trazendo a tona só aquilo que interessa a determinada religião.

Como conseqüência disso, estimula-se uma leitura “enciclopédica”, buscando aqui e ali o que for mais conveniente.

Todos estes fatos geram o quadro atual de multiplicação de entidades religiosas. Pessoas passando de uma para outro em trocas sucessivas, sem saber definir o melhor caminho a seguir.

Alguns dizem que “todos os caminhos levam a Deus”. Defendem que não importa a escolha desta ou daquela denominação, desde que se esteja a procura de Deus.

Ora, não se encontra ovos de galinha e ninho de coelhos! Estes sequer põem ovos.

Para achar o que se procura é preciso que se procure no lugar certo. E o primeiro e melhor caminho pode estar dentro de nós.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Amor é tudo, menos isso!


No ano passado, a mídia deu grande destaque ao casamento e desenlace trágico da união entre a atriz Suzana Vieira e o ex-PM Marcelo Silva.

Na ocasião, o romance foi comparado a um conto de fadas, onde uma celebridade se casava com um “príncipe” de olhos verdes. Ambos se diziam apaixonados, mas a grande diferença de idade entre eles seria apenas mais um elemento no rumo dos acontecimentos trágicos da vida do casal.

Todos tiveram conhecimento do final dessa história: Traição, Drogas, acusações, e finalmente a morte por overdose de Marcelo Silva num quarto de Motel, com uma de suas amantes.

Passado tudo isso, a atriz Suzana Vieira vem novamente a público; desta vez em entrevista à revista “Veja” para contar a sua versão dos fatos.

Diz ela: “Marcelo me filmou tomando banho e pretendia cobrar R$ 500 mil para não tornar o vídeo público. Ele se escondeu atrás da porta do banheiro para me filmar tomando banho de touca na cabeça. Fazia close das minhas partes íntimas. Ia me chantagear para me dar a gravação”.

Segue seu depoimento afirmando que Marcelo lhe roubou jóias, perfumes, microondas e superfaturou os gastos da obra na casa da atriz. Mesmo assim confessa seu amor e reconhece o amor do ex-companheiro.

No final da entrevista a atriz revela:

“Deus me livre de trauma, filhinha. Quero esquecer que conheci Marcelo Silva. A partir do momento em que, infelizmente, morreu, estou livre”.

Como escrevi no post anterior: Marcas de um Amor, há hoje em dia, uma tendência de distorção e confusão do significado do que seja Amor.
Uma grade parcela dessa responsabilidade recai sobre os meios de comunicação. Pessoas que têm a responsabilidade de informar e formar opinião.

Casos como o descrito acima, não pode, nem deve ser confundido com Amor, pois sequer aranha o seu verdadeiro significado. Nem nos dicionários está descrito desta forma:

“Amor – sm – 1. Sentimento que pressupõe alguém desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser ao outro...”
(Dicionário da língua portuguesa. Aurélio Buarque de Holanda).

Quem Ama não se compraz da morte do outro, nem sente qualquer tipo de alívio nisso: (“A partir do momento em que, infelizmente, morreu, estou livre”).

Triste ver que, em alguns casos, até mesmo nos dicionários pode haver mais verdade de sentimentos do que nos corações das pessoas...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Marcas de um Amor


Neste primeiro dia do ano de 2009, gostaria de escrever sobre o tema que mais gosto: Amor.




Recentemente, li um artigo da psicanalista Regina Navarro Lins, cronista do jornal “O Dia”, autora do “Best Seller” “A Cama na Varanda”; no qual ela defendia basicamente dois argumentos: que era possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, da mesma forma e com a mesma intensidade. Considerava também plenamente normal uma relação sexual entre amigos (homem e mulher}, apenas pelo prazer.

Toda essa argumentação fez-me lembrar um caso real acontecido no Sul do Brasil com um jovem casal, que relato a seguir:

... Era uma adolescente de dezessete anos de idade; cheias de sonhos e planos para o futuro. Naquele momento, seu maior objetivo era concluir os estudos, que lhe assegurasse uma vida profissional estável.

... Foi no pátio da escolha que o viu pela primeira vez, e ali mesmo teve a certeza de que seria pra sempre.
Apenas se olharam insistentemente sem dizer nenhuma palavra, até que se perderam de vista.
Nos dias seguintes procuravam um pelo outro entre as centenas de alunos; até finalmente se encontrarem novamente e conseguirem coragem pra conversar.

Em pouco tempo estavam namorando, e foi algo tão forte que desejavam o conhecimento dos seus pais.
A princípio foram contra por conta da pouca idade de ambos. Imaginaram que seria apenas mais um namoro, e que tudo não passaria de alguns meses, com acontece normalmente com os adolescentes nesta idade. Mas não foi assim que aconteceu!

A vista de todos, na escola, como em casa, o sentimento de um pelo outro parecia cada dia maior. Era impossível ver um, sem que o outro estivesse presente. Dividiam todos os minutos dos seus dias.

Seis meses de namoro e chegaram à conclusão de que não dava mais pra viver sem o outro. Decidiram pedir permissão dos pais para o noivado e casamento; a ser marcado o mais rápido possível.

Claro que os pais dos adolescentes foram contra a princípio. Entendiam que eram muito jovens ainda, e que deveriam terminar os estudos, dar início à vida profissional pra depois então pensarem no casamento.

Fizeram o possível pra persuadir os dois a desistirem da idéia, mas nada adiantou. Estavam firmemente decididos a não viverem mais separados.

Pra não verem os filhos tomarem a atitude de sair de casa, apoiaram. Dariam toda ajuda que pudessem, até que conseguissem terminar os estudos e ter condições de se manterem por conta própria. Ficaram noivos, com data do casamento marcado.

Um acidente de carro aconteceu, e parecia que iria mudar tudo isso:

Ele sobreviveu, mas teve o rosto completamente e irremediavelmente desfigurado pelas chamas. O diagnóstico médico foi o pior possível: Não havia cirurgia plástica que fosse capaz de lhe refazer os traços do rosto. Teria que usar uma máscara para o resto de sua vida.

Foi um duro golpe numa adolescente de apenas dezessete anos. O maior de sua vida.
Quando se viram pela primeira vez depois do acidente, foram difíceis as palavras. Por entre a máscara que ele usava, só era possível reconher os olhos. Eram os mesmos de sempre. Naqueles olhos estava o Amor de sua vida.
Aos poucos, ele tentou convencê-la de que seria melhor terminar o noivado. Não queria que ela ficasse presa a ele por nenhum outro sentimento que não fosse Amor.

Mais uma vez aquele Amor surpreendeu a todos, e se mantiveram juntos com o firme propósito de se casarem, tão logo fosse possível.

Poucos meses depois, ele ainda com a máscara sobre o rosto, se casaram. Um ano depois tiveram gêmeos; um menino e uma menina. Estão juntos até hoje, com planos de encherem a casa e suas vidas de filhos.

Aquelas chamas haviam lhe desfigurado o rosto, mas sequer arranhou o Amor que ambos sentiam...

Depois desse relato, me fiz a seguinte pergunta: Essa jovem amaria um outro rapaz ao mesmo tempo, da mesma forma e com a mesma intensidade?

O que ela sente pelo agora marido pode ser confundido com “amor” desses por um dia?

Vejo com tristeza as jovens que transam com os rapazes depois de um baile, sem sequer lhes perguntar o nome.
A liberalização desenfreiada do sexo traz como conseqüência imediata à banalização, e a perda da referência do significado do que seja Amor. A rotatividade é tão grande que não há chances, nem tempo pra nenhum sentimento mais profundo.

Muitos acreditam, que a completa liberalização do sexo seja uma tendência irreversível e universal. Prefiro acreditar que não! Prefiro imaginar que a senhora do artigo do jornal “O Dia”, jamais viveu, ou desconhece o verdadeiro significado do que seja Amor.