domingo, 30 de outubro de 2011

Musas e Bundas


*Tenho uma saudade imensa do tempo em que as mulheres eram amadas como musas, e não celebradas pelo tamanho das suas bundas.

Gerou grande polêmica a frase acima, que havia colocado no status do MSN. Assim, entendi por bem estender um pouco mais o assunto e fazer aqui algumas considerações complementares.

Recentemente, acessando a página principal do “Yahoo”, encontrei uma suquência de fotos de glúteos femininos e a seguinte pergunta logo abaixo:

“De quem são estas bundas?”

Perguntei pra mim mesmo: querem que eu reconheça uma mulher pela bunda?

De fato, o objetivo da postagem era exatamente esse, e confesso que fique com “cara de bunda”, pois mesmo que me propusesse a tentar, não acertaria nenhuma.

Nossas mulheres que, independentemente de serem sensuais e lindas, não precisam ser lembradas como algo vulgar pela mídia. E quem não aderir, ou se colocar fora desse modismo, acaba literalmente levando um “pé na bunda”.

O fato é que a mídia brasileira em geral criou este mito, tanto que no exterior o Brasil já é chamado de o “país do carnaval, da bunda e do futebol.

Não há como parar em uma banca de jornal e não encontrar fotos de mulheres com as ditas de fora. E tem pra todo gosto, como mostra a lista a seguir:

- Desbundada.

- Bunda Mole.

- Bunda Caída,

- Bunda Tábua ou chata,

- Bunda Siliconada,

- Bunda Grande,

- Bunda Photoshopada,

- Bunda Saúva

- Bunda Pequena,

- Bunda Empinada

- Bunda Perfeita.

A mulher brasileira, em sua maioria, tem mesmo os contornos privilegiados e não é por acaso. A bunda grande da mulher brasileira é resultado da mistura dos negros, dos portugueses e dos italianos imigrantes. Se quiser uma comprovação por contraste, observe os filmes americanos. São mulheres lindas, mas a bunda é bem chapadinha; diferente das atrizes negras, de formas torneadas.

Que fique bem claro que, como todo bom brasileiro, tenho grande apreço pelas bundas e nada tenho contra as referidas, mas quando elas são mostradas em lugar o rosto, me parece haver algo de muito errado nisso. Veio em mente o título do último livro do amigo, poeta, escritor e companheiro de Academia Jaime de Azevedo: “Toda Mulher é Musa”. Concordo com ele.

Em uma de nossas conversas despretensiosas, comentei:

- “Com tanta gente mostrando a bunda, creio com sinceridade, que vamos chegar ao tempo em que em vez da foto do rosto, em três por quatro, vai estar a bunda, na carteira de identidade.

Imagine o constrangimento no embarque de um aeroporto, quando pedirem pra você mostrar a bunda pra comparar com a foto do passaporte, onde deveria estar o rosto”.

Desculpem se exagerei nos gracejos, mas só posso entender tudo isso como uma grande piada, quando se refere à obra mais perfeita já criada, origem da vida e da sua perpetuação, inspiração poética: A Mulher; Musa de todos nós.

sábado, 29 de outubro de 2011

Verdade ou Mentira?


Verdade é um conceito bastante relativo, pois a verdade de cada um pode muito bem não representar a verdade do outro. Assim, é preciso ter cuidado com afirmações “cabalísticas”, como se não fosse possível ver e entender o mundo de forma diferente. Quando o assunto é “verdade”, o melhor a fazer é utilizarmos uma boa dose de tolerância com a diversidade das opiniões alheias e chamá-la simplesmente de “a nossa verdade”.

Deixando um pouco de lado o aspecto filosófico, é curioso observar com isso ocorre no nosso dia a dia:

Certa ocasião, um senhor de meia idade chegou em casa arrasado. O seu médico havia diagnosticado que lhe restava apenas dois meses de vida, devido a um câncer que desenvolvera, já em fase terminal. Seu filho mais velho ficou furioso com médico por dar-lhe aquela notícias, dirigindo-se ao consultório em seguida.

Quando retornou relatou ao pai que o médico havia reconhecido o engano. Que em vez de dois meses, restava-lhe de fato quatro meses de vida.

Algumas pessoas defendem que independente das circunstâncias, a verdade deve ser sempre dita. Será? No caso acima, qual o ganho com a verdade? Acaso não seria mais humano deixar que o senhor vivesse o tempo que lhe restava, sem esta “guilhotina” no pescoço? Com certeza que sim. Neste caso, a mentira se justificaria por questões humanitárias.

Assim, nem sempre mentir traz consequências negativas; a não ser quando injustificável, quando se caracteriza pelo engano inconsequente, pela falsidade premeditada em proveito próprio; quando constantemente alimentada, e na bocas destes, até mesmo a verdade torna-se suspeita.

Conta um lenda que um chefe tribal levou seu filho mais jovem para a floresta, com a intenção de prepará-lo para a sua sucessão. Em dado momento, observaram, por trás das árvores, dois lobos em luta mortal. O velho chefe disse então ao jovem:

- “Em cada um de nós há também dois lobos em luta: a verdade e a mentira".

- “Quem vence?", indagou o jovem guerreiro.

- “Na floresta ou em seu coração, vence aquele que melhor você alimentar”.

Se for inevitável conviver com os dois "lobos", que seja com critério, sem magoar, ou ferir ninguém.

Fica aqui então o meu respeito e admiração a aqueles que até mesmo na mentira são nobres. Aos que fazem da mentira sua rotina, a minha tristeza, por privar a todos nós de seres humanos melhores.

Vida longa aos mentirosos para que tenham tempo de mudar!